Na quinta-feira, Costa ainda conversava sobre o assunto com a diretoria e o departamento jurídico do sindicato, e preferiu não adiantar qual será o seu posicionamento na reunião desta sexta, assim como o DCE da UFSM. A representante da OAB, Francine Feversani, também analisava o material com o contador da entidade:
_ Até agora, não encontramos nada de errado.
O presidente da União das Associações Comunitárias (UAC), Rodrigo de Lima dos Santos, verificou que os itens que mais pesam no cálculo do valor da passagem são os salários dos trabalhadores e os combustíveis. Ele pondera que o custo das gratuidades e da meia passagem é muito grande para os usuários que pagam o valor integral.
_ Nós somos contra o aumento da tarifa. Mas não podemos negar que houve esse aumento de custos. Nós reconhecemos a necessidade de reajuste de salário dos motoristas e cobradores. Mas discordamos que o estudante, só por ser estudante, tenha esse desconto. No fim das contas quem paga tudo isso é o trabalhador _ reclama Santos.
Para a UAC, benefícios como a passagem gratuita para carteiros e brigadianos deveria ser custeada pelas empresas e órgãos que pagam os salários desses trabalhadores, e não pelo conjunto dos usuários. Segundo Rodrigo, os governos deveriam achar uma forma de que os benefícios fossem custeados por impostos.
_ Em Santos, o valor que entra na prefeitura pelo IPVA dos carros é destinado a melhorias do transporte. Se não for assim, cada vez os ônibus terão menos pagantes, e a passagem será cada vez mais cara _ acrescenta.
Edmilson Gabardo, representante do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Santa Maria, também analisou a planilha e, embora discorde de alguns pontos da metodologia, acredita que o valor deve ser aprovado.
_ A prefeitura pega apenas os valores mais baixos, e não os valores médios. Por exemplo, a carroceria usada pelas empresas é mais cara do que a que vai para a planilha. É um custo que fica com a empresa. Mas o que mais pesa são as gratuidades.
Gabardo afirma que, em 2014, cresceu o número de não pagantes, o que pressiona o aumento da tarifa, mesmo assim, não cobre o custo das empresas.
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